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Publicado em: 27/11/2015
BRISE-SOLEIL

BRISE-SOLEIL

 

“A finalidade da casa é a de proporcionar uma vida conveniente e confortável, e seria um erro valorizar demais um resultado exclusivamente decorativo”
Lina Bo Bardi

 

Brise-soleil

O brise-soleil (expressão francesa cuja tradução literal seria quebra-sol, embora seja comum a utilização apenas da palavra briseem português) é um dispositivo arquitetônico utilizado para impedir a incidência direta de radiação solar nos interiores de um edifício, de forma a evitar aí a manifestação de um calor excessivo. Foi um dos principais elementos compositivos utilizados pela arquitetura moderna, sendo ele próprio um ícone de movimentos arquitetônicos como o international style, embora dispositivos similares sejam encontrados em obras mais antigas. Credita-se ao arquiteto franco-suíço Le Corbusier a sistematização (e, dependendo da fonte consultada, a própria invenção) dos brise-soleils. Sua obra conhecida como Unidade de habitação de Marseille faz uso bastante profundo dos brises, sendo que tais elementos possuem papel de destaque na constituição da linguagem daquele edifício. Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Agora que já sabemos o que é um Brise-Soleil, as perguntas que surgem são:

Quais são os tipos de brises? Como saber a posição em que devem ser colocados?

Um dos brises mais comumente encontrados nos edifícios é o formado por aletas. Elas podem estar na horizontal ou na vertical e podem ser fixas ou móveis. Alguns fabricantes possuem sistemas móveis complexos, mas é fácil encontrarmos simples ripas de madeira alinhadas na frente da janela de uma casa cumprindo a função de brise. Como esses elementos estão ali para barrar a entrada do sol direto e como a posição do sol varia durante o dia, os elementos móveis serão sempre mais eficientes. Entretanto, desde que colocados na posição correta, os brises fixos são também uma boa opção.

Os materiais para fabricação das aletas são inúmeros. Madeira, alumínio, ferro, plástico e concreto são os mais comuns, mas há também os de cerâmica, de vidro, de bambu, entre muitos outros.

Como posicionar os brises

 

Uma regra simples para a escolha da posição dos brises na maior parte do Brasil é a seguinte: para as fachadas leste e oeste, que recebem respectivamente o sol da manhã e o da tarde (que chega rasante), prefira os brises com aletas verticais. Para a fachada norte, que recebe sol durante todo o dia, mas numa posição mais a pino, prefira os brises horizontais. Na fachada sul os brises são praticamente desnecessários, visto que tem uma incidência de sol muito menor. Sempre que possível, dê preferência aos modelos móveis. Eles serão muito mais eficazes.

As chapas perfuradas são cada vez mais utilizadas com esta função de proteção solar. O mercado está repleto de opções de chapas de aço ou alumínio com furos redondos, quadrados, retangulares, em forma de estrela, etc. Quando usadas na fachada, essas placas nada mais são do que brises.

Outros elementos mais elaborados como as malhas metálicas, as chapas de aço ou cobre com furos sob medida, os tecidos ou os gradis podem também ser utilizados com esta função. A verdade é que a cada ano diversos tipos de brise são inventados. Basta utilizar algum elemento que fique posicionado em frente uma abertura e que auxilie na proteção do sol de uma maneira inusitada e um novo brise acaba de ser criado.

Cada tipo de brise tem um ou mais materiais que são os mais adequados para a sua fabricação. Entretanto, como normalmente eles ficam em áreas externas e expostos ao sol e à chuva, a durabilidade deve ser levada em conta para que seja feita a melhor escolha. Afinal, não adianta nada economizar no ar-condicionado e ter de substituir os seus brises uma vez por ano.

Por dentro ou por fora da janela?

 

Outra dúvida freqüente é se o brise deve ficar do lado de dentro ou de fora da fachada. Há prós e contras para ambas as opções. Ficando para dentro da janela, os elementos de proteção tendem a se conservar por mais tempo, a sua limpeza é mais simples e pode-se conseguir uma fachada toda envidraçada, como acontece na biblioteca nacional de Paris, em que placas de madeira são colocadas por dentro da fachada de pele de vidro para proteger os livros da forte radiação solar. Entretanto, como a função primordial desses elementos é proteger a sua edificação e, por conseguinte, do calor, o ideal é que eles sejam colocados por fora das janelas para que barrem o sol antes do calor entrar no prédio. Ou seja, brises externos são muito mais eficientes.

Tente entender qual a orientação das suas janelas e escolha o brise mais adequado para cada local em função da eficiência, da aparência, da durabilidade e do custo. Desde que bem utilizados, esses elementos sombrearão a sua casa, deixando a temperatura muito mais amena, poupando o ar-condicionado, economizando energia e preservando o planeta.

Fig. 02- No projeto do arquiteto Angelo Bucci, os brises são placas de ripas de madeira que podem ser deslocadas pela fachada de acordo com a necessidade de mais ou menos luz ou privacidade.

 

Fig. 03- Fachada do Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, caracterizada pela presença marcante do brise-soleil.

Eu sou Ana Cláudia Marcon, arquiteta, urbanista, Paisagista, Light Design e Design de Interiores e você poderá tirar mais dúvidas a respeito dessa e de outras matérias editadas em minha coluna neste jornal através do e-mail marconarquitetura@terra.com.br ou pelo site www.marconarquitetura.com.br

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